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quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

GOSTO É IGUAL...


Várias vezes escutei de pessoas que só tem um gosto musical, frases do tipo: “aquele som é uma merda. Isso que ouço é que é legal”. Fiquei curioso! O que define uma coisa boa de outra ruim. A meu ver, cada um tem seu gosto, mas me parece que quando abrimos os ouvidos para uma novidade ou para certo tipo de música, nos sentimos melhores (na verdade, eu me sinto melhor).
Veja um exemplo: o Sertanejo Universitário. Desde pequeno escuto o que hoje chamam de sertanejo de Raiz ou Caipira: Tonico e Tinoco, Léo Canhoto e Robertinho, Pena Branca e Xavantinho, para citar alguns. Nos anos 80 estourou o Sertanejo Comercial, com Leandro e Leonardo, Chitãozinho e Xororó, Zezé de Camargo e Luciano. Não que eu não gostasse, mas acho que de tanto ouvir nas rádios tomei ojeriza destes nomes. Porém, há músicas deles que ficam na cabeça durante décadas. “É o amorrrrrr...”.


Agora vem esse outro fenômeno comercial intitulado Sertanejo Universitário. É bom? Não sei. No entanto a influência do rock e do folk neste novo ritmo, me chamou a atenção.
Escute “Ciumenta” de César Menoti e Fabiano ou “Tem que Ser Você” de Vitor e Léo (que me lembra o Ritchie, dos anos 80) ou, ainda, “De tanto te querer”, de Jorge e Matheus e, se você tem um pouquinho de percepção musical, vai entender do que estou falando. Esse é o grande barato da música no século XXI. Variação! E com requinte!


O que falar de Marcelo D2, com o Acústico MTV (Samba e Hip Hop); Los Hermanos (Samba e Rock); Gustavo Macaco (Folk Rock); Latino (Sertanejo Funk); Café Tacuba (Salsa Cumbia Regional). Nos 60 Caetano gravou Vicente Celestino e Roberto Carlos, dizendo que precisava experimentar. Até o Led Zeppelin misturou música indiana e orquestra sinfônica em seus arranjos!


Lembrando para os mais conservadores que vários grupos de Hard Rock e Heavy Metal também fizeram suas misturas. O Sepultura já gravou com Zé Ramalho, O Rappa e Titãs. Os novatos são os que mais inovam: o Fresno fez parceria com Chitãozinho e Xororó (???). Quer coisa mais estranha que isso?


Pois é, gente! Estamos na era da inovação. Invente! Reinvente! Bata tudo no liquidificador! Miscelânia! Algumas dão certo, outras não! Portanto, escolha bem entre o novo e o velho. Entre o gostoso e o duvidoso. Entre a qualidade e o conteúdo. Não precisa ouvir um disco inteiro de quem você não gosta, no entanto não precisa ficar metendo o pau se, no fundo no fundo, você curtiu aquela “balada triste que ‘te’ faz lembrar alguém...”.

Um comentário:

Anônimo disse...

Gosto é algo muito particular; engraçado (quer dizer nada engraçado!) é que as pessoas,de uma forma ou outra, sempre tentam supervalorizar(em detrimento das demais) sua opção musical. Hoje mesmo ouvi, em uma determinada rádio, um programa de segmento jovem do qual o locutor/radialista apresentava duas canções: "Guantanamera" e uma do Led Zeppelin que agora não me recordo o título da música. A questão foi a seguinte: no término da canção cubana (Guantanamera) o rapaz lá do rádio anunciou a seguinte frase: "agora para elevar o nível segue no seu rádio Led Zeppelin...". E olha que adoro o Led... mas o comentário foi de uma extrema falta de respeito...